Em boa verdade
Eu nunca tive real hipótese contigo.
Tu
acabado de sair de uma relação séria, desejoso de te sentires
livre. Todos os teus amigos convencidos, convincentes de que
precisavas de estar sozinho. Ou com múltiplas companhias. De gozar a
tua recém adquirida liberdade. Eu nunca tive reais hipóteses.
Foste tu que me puseste a pensar num "nós". Tu e esse teu hábito de pensares alto e efabulares futuros, filhos e casamentos como quem sopra bolas de sabão. Não tive quaisquer hipóteses.
O lugar da ex-futura mãe dos teus filhos ainda morno. A família dela, quase tua, na Itália. A afilhada, mesmo tua, amorosa. Eu, de ninguém, melosa. A rapariga perfeita para uma transição suave. Sem cobranças, descomplicada, disponível. Podia ter sido o que tu quisesses. Quiseste pouco. Uma massagem no ego, uma voz que te adormecesse depois do prazer. Não sei se chegaste a ficar confuso - eu diria que não - que nunca tive real hipótese contigo.
Foste tu que me puseste a pensar num "nós". Tu e esse teu hábito de pensares alto e efabulares futuros, filhos e casamentos como quem sopra bolas de sabão. Não tive quaisquer hipóteses.
O lugar da ex-futura mãe dos teus filhos ainda morno. A família dela, quase tua, na Itália. A afilhada, mesmo tua, amorosa. Eu, de ninguém, melosa. A rapariga perfeita para uma transição suave. Sem cobranças, descomplicada, disponível. Podia ter sido o que tu quisesses. Quiseste pouco. Uma massagem no ego, uma voz que te adormecesse depois do prazer. Não sei se chegaste a ficar confuso - eu diria que não - que nunca tive real hipótese contigo.
Sim
eu entendo-te. Através das críticas que me fazias em tom doce e das
tuas indecisões a passo de salsa: para a frente, recua, para trás.
Eu, claramente sem quaisquer hipóteses. Tu a falhares, por querer,
nas tuas promessas mais simples e pequeninas. Eu só. Com a lua cheia
no céu e a tua pouca consideração no coração.
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